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A continuação da minha história como cerimonialista

Contei no meu primeiro post como eu comecei meu trabalho como cerimonialista, mas contei apenas o pontapé inicial, a história continua…

Trabalhei de 1985 a 1986 com a Helena Brito Cunha. Ela foi a primeira pessoa a pensar em cerimonial para casamento. Realmente uma craque, sabe receber e faz tudo com muita classe. Mas infelizmente, Helena tem um gênio muito difícil… Então em 1986 nós fizemos o nosso último evento, um evento corporativo.

Ao longo destes anos aprendi muito e também conheci os fornecedores, e em 1987 resolvi começar a minha própria firma. No início Helena ficou chateada, achou que eu tivesse “roubado” o catálogo de fornecedores dela, mas a realidade é que catálogo não se rouba, eu de fato conhecia os profissionais, e com este know-how o restante dependia de mim, de ter a capacidade para ir em frente ou não. Graças a Deus, de pouquinho em pouquinho, fui caminhando e deu certo!

Minha empresa começou em 1987 literalmente em cima da minha cama e com o telefone na mão, porque naquela época não existia computador.

Meu primeiro casamento foi um evento bem grande, para 500 pessoas no Itanhangá. Agora uma coincidência maravilhosa: quem me indicou para fazer este casamento foi o fotógrafo Gentil, que era muito amigo da família e que acompanhou o começo da minha carreira, e quando entrei em contato com a cliente descobri que era a Verinha Wanderley, uma grande amiga da minha família. Eu a conhecia pelo nome de solteira, Souza Coelho, e quando começamos a conversar, antes de ligar os pontos, durante a conversa ela perguntou de onde eu era. Respondi que era de Poços de Caldas. Ela disse que tinha uma grande amiga de lá, e quem era a amiga? A minha mãe. Enfim… O casamento foi muito grande para a minha pouca experiência, mas foi muito fácil por eu conhecer a familia.

 



 

Naquela época tudo acontecia de uma forma incrível. Não existia computador, então eu fazia a lista dos casamentos em fichas, desta forma conseguia encaixar nomes novos na lista sem perder a ordem alfabética, e usava cores diferentes, verde para a noiva, vermelho para o noivo, azul para os pais da noiva e preto para os pais do noivo. Com as fichas devidamente prontas, os meus filhos, Miguel com 13 anos, Fernando com 12 anos e a Laura com 10 anos, as colocavam em ordem alfabética. Acho que com isso os ajudei muito na questão da língua portuguesa, eles são ótimos em ordem alfabética, risos. Brincadeiras à parte, eles me ajudavam muito. Depois, nós 4 pegávamos papel almaço e escrevíamos os nomes, da forma mais legível possível, para enviar para a caligrafa.

Para a lista de portaria, na chegada dos convidados na festa, eu mesma escrevia à mão.

Meus filhos me ajudaram muito mesmo. Existiu uma época também que as caligrafas não envelopavam os convites, então eles envelopavam na volta do colégio. Já tínhamos até um sistema: um colocava o clips com o cartãozinho para a recepção, o outro colocava no envelope, o outro no plástico e o seguinte fechava. Detalhe, quando iam para casa com algum amigo, eles o colocavam para “trabalhar” também para terminar mais rápido.

Nessa de pedir ajuda, uma vez pedi a duas moças que trabalhavam lá em casa, e acabou indo um envelope sem o convite dentro. Minha sorte é que foi para uma grande amiga, a Cecilia Martinho da Rocha, e ela me ligou para avisar. Fiquei super sem graça e enviei o convite com um buquê de flores para me desculpar.

O sistema antigamente era realmente caseiro, não como os dias de hoje.

E assim foi, 87, 88, 89… os eventos continuaram e sempre de forma crescente. Graças a Deus.

Por volta de 1990/1992, já tínhamos computador e a Laura com seus 16 anos, resolveu fazer um software para o nosso escritório. Chamamos um rapaz de computador maravilhoso, chamado André Granville. Ele desenvolveu o projeto por 1 ano, sentado ao nosso lado, quase todos os dias, aprendendo sobre o cerimonial para desenvolver o programa. Até hoje uso este programa que organiza a lista de convidados, orçamentos, onde marco as reuniões e muitas outras coisas.

Mais tarde, por volta de 1999/2000, com avanço da internet, nós também desenvolvemos um site, onde os noivos através de uma senha, conseguem ter acesso ao nosso sistema e organizar sua lista de convidados, RSVP e também ver toda a planilha de orçamentos dos fornecedores. O nosso software e o site sofreram upgrades ao longo dos anos e me ajuda muito na minha profissão. Com tecnologia ou sem, minha experiência através desses anos mostra que os casamentos continuam os mesmos! Muitos afetos, ansiedades, novidades, mas sobretudo uma festa de família, com tudo o que essa palavra significa para cada um.

Em breve contarei mais histórias…

 

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7 comentários em “A continuação da minha história como cerimonialista”

  1. Thais, que bom que vi esse post! adorei conhecer um pouco da sua história! O casamento de minha filha Fernanda, organizado por você, foi o máximo! Parabéns e continue assim, dedicada a cada um de seus clientes! Um beijo! Tania Mazzillo.

  2. Muito bacana publicar a sua trajetória, Thais, que é parte da história do nosso mercado de casamentos. Estou acompanhando com muito gosto! Bjs

  3. Nossa estou muito orgulhosa de vc amiga THAIS e lendo sua história fiquei mais ainda pois nele existe muitos detalhes que eu desconhecia mas sempre lembrando Que vc nos prometeu que teria força e disciplina pra vencer e vc nos mostrou isso magnificamente bjos esperando o próximo capítulo com ansiedade vanessa

  4. Ana Lúcia Ottoni.

    Estou adorando sua história como Cerimonialista e a Laura descreve muito bem tudo.Espero ansiosa a próxima semana. Bjos para vocês meus amores.❤️❤️.

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