O que não pode faltar numa orquestra? O que seria na prática a chamada “orquestra básica“, que vem frequentemente acompanhada, nas falas das noivas, da ressalva: “mas tem que ser um básico legal!”. O que seria isso na prática? O músico Fernando Vilela, da Ornamentus, nos deu uma verdadeira aula com este post. Confira:
Pensando em um repertório tradicional em uma igreja média ou grande, o ideal é que não tenhamos menos do que 5 músicos, uma formação de câmara, que não tem grandiosidade, mas tem beleza de sobra! É claro que dependendo do repertório (Marcha Nupcial ou 9ª sinfonia de Beethoven, por exemplo) os metais são bem-vindos (trompete e trompa). Aqui podemos pensar que, se o quinteto é nossa “orquestra básica“, os metais são o adendo “legal”, pensando genericamente sobre as situações que aparecem para nós. E assim temos um básico de 5 músicos e um básico legal com 7.
Uma possibilidade também é ter ao invés dos metais, 2 cantores. Se esses cantores substituírem os metais, temos ainda 7 músicos; se colocarmos os cantores além dos metais fechamos em 9 músicos, e damos um passinho para fora das orquestras básicas e atingimos uma “completinha enxuta”. E daí para frente muita coisa é possível.
Vamos a elas!
Duetos e trios:
É comum recebermos e-mails ou ligações com pedidos de apenas um violino, ou um violino e uma flauta para a cerimônia. Isso não funciona. Quando a formação é pequena, é fundamental que tenhamos um instrumento harmônico fazendo a base, que significa um instrumento capaz de tocar várias notas ao mesmo tempo (acordes) como é o caso do violão, piano, teclado, órgão ou harpa. Quando um destes instrumentos faz a base, aí sim fica interessante acrescentar um instrumento melódico como flauta, violino, trompete, voz… Uma formação sem base harmônica (violino e flauta por exemplo) não chega nem perto da textura que poderíamos ter com um teclado e um violino. Esta observação vale também para trios. Se só temos três instrumentos e os três são melódicos, não iremos potencializar as possibilidades de textura que poderíamos ter.
Feitas estas observações, formações de duetos e trios podem ser uma excelente opção para quem busca algo menor sem perder a beleza da música ao vivo.