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O lado psicóloga da função de cerimonialista: 2 “saias justas”

Nós, cerimoniais, lidamos com diversos tipos de situações e relações… Hoje irei contar duas “saias justas”.

Claro que existem relacionamentos complicados e famílias complicadas, mas independente de serem ou não, a minha função é organizar e administrar TUDO da melhor forma possível, para que o casamento seja tranquilo para todos.

Querem ouvir exemplos de “saias justas” que já passei durante a minha trajetória?

 

1. Relacionamento familiar complicado

O relacionamento da filha com a mãe era complicadíssimo, a forma como a filha tratava a própria mãe para mim era insuportável. Eu saia das reuniões com dores de cabeça e presenciar isso tudo começou a me prejudicar como mãe.

Faltando 6 meses para o casamento resolvi tomar uma atitude. Liguei para o Roberto Cohen, cerimonial e amigo pessoal, para saber se ele tinha a data disponível e ele tinha. Em seguida liguei para a noiva e marquei um almoço. Durante o almoço coloquei as cartas na mesa, falei que não poderia mais fazer seu casamento porque a sua relação com a mãe estava me afetando, mas que o Roberto Cohen tinha a data vaga e que ele poderia fazer seu casamento melhor do que eu faria, na atual circunstância em que eu me via. A noiva se desesperou, pediu pelo amor de Deus para eu não abandonar seu casamento, que eu conseguia amenizar o clima, que eu ajudava, pediu também para dar mais um voto de confiança pelo próximo mês. Concordei.

Após alguns dias, sua mãe me ligou falando que sua filha andava muito nervosa, porque estava em época de provas, mas que após a nossa conversa, durante o almoço, ela já havia melhorado muito! Me pediu desculpas e explicou que ela realmente estava passando por uma fase difícil.

Resumo da história: a noiva realmente melhorou seu relacionamento com a mãe, eu fiz seu casamento e foi um sucesso!

 

2. O momento em que notei que um casamento não ia dar certo.

O que fiz a respeito? Convidei o noivo para almoçar. Um detalhe importante é que os convites já estavam prontos e prestes a serem entregues. No almoço falei que não iria entregá-los e expliquei que era notável que ele não era apaixonado e que seria melhor acabar o relacionamento antes de dar esse grande passo. Falei inclusive que se ele quisesse sumir um pouco para refletir sobre a situação que a casa dos meus pais, em Poços de Caldas, estaria de portas abertas. Ele retrucou afirmando que gostava dela, que estava em uma fase que precisava casar e assumir compromissos. Tentei explicar que casamento tem uma grande diferença para namoro, mas infelizmente sem sucesso. Não consegui convencê-lo a mudar de ideia, então entregamos os convites. No final eles se casaram e… o casamento não deu certo.

 

Enfim, estes são apenas dois exemplos de situações que vivenciamos como cerimonial. Acho que eu deveria ter feito psicologia para exercer minha profissão, porque é necessário dar suporte não só na organização mas também nas relações envolvidas.

Aos poucos irei contar mais histórias… fiquem de olho.

Beijos

 

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