
O véu de noiva é um dos maiores símbolos do casamento e uma das tradições mais antigas.
Na Grécia antiga as noivas já casavam com os véus, que tinham a função de proteção contra os maus olhados. O véu simbolizou por muito tempo a nobreza e a pureza.
Hoje, carregado de simbolismos passados, o véu segue sendo um item que pode representar uma herança de família, uma tradição, ou simplesmente um acessório incrível que completa o look da noiva.
Existem diversos modelos de véu: desde os suntuosos como o véu Catedral aos singelos como o voillete.
Vamos diferenciá-los e pensar nos detalhes deste acessório icônico do casamento?
Foto do destaque: Anna Quast e Ricky Arruda
Os elementos que influenciam a escolha do véu são: o vestido da noiva, o local da cerimônia, as condições climáticas e, claro, o desejo da noiva.
Os modelos variam de acordo com tecido, formato, tamanho, adornos e caimento. Vamos ver essas opções em detalhes ao logo da matéria.
Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Ricardo Maruk
Modelos de véu de noiva
Véu longo ou Catedral
É o mais longo e imponente dos véus. Eles são muito compridos, portanto precisam de espaço no caminho da noiva. São os mais indicados para as igrejas clássicas, sinagogas ou casamentos com decorações imponentes.
O véu Catedral foi feito para adornar os vestidos com caudas, armados, estilos princesa. O equilíbrio entre o rebuscamento das rendas do vestido, o tecido e os detalhes bordados no véu, são fundamentais.
Este é o modelo de véu mais usado para pelas noivas tradicionais. O que não significa que estilistas não possam misturar estilos para criar formas novas de compor um look para as noivas mais ousadas.
O véu Catedral tem mais de 2 metros de extensão, geralmente de 3 a 5 metros, por isso não são indicados para capelas, igrejas muito pequenas ou casamentos na praia, onde possa ventar muito. Este véu é um clássico que combina com todas as cerimônias, a questão é o espaço disponível para que ele não fique desproporcional em relação ao altar e caminho da noiva. E tem a questão do vento, que não pode ser negligenciada, um véu de 3 metros chicoteando no vento não é uma cena desejável no seu casamento.
A aplicação deste véu no penteado exige uma grinalda que dê a sustentação adequada, porque ele pesa, principalmente se for uma mantilha. Converse com seu cabeleireiro para que você escolha a grinalda certa e faça a adaptação (se necessário) do encaixe da grinalda. Muitos profissionais se sentem mais seguros com os pentes, e outros preferem as argolinhas de tecido para prender com grampo de forma mais maleável. Não existe consenso, ou seja, pergunte antes para não ter que adaptar no dia do casamento. E faça a prova de cabelo e maquiagem com o seu véu e grinalda verdadeiros, não use um outro só para ver como ficará.
Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Celso Junior Fotografia: André Vanzin
Véu Capela
São um pouco mais curtos do que o véu Catedral, mas também são longos, passam da cauda do vestido e costumam ter até 2 metros de comprimento, passando disso serão considerados véu Catedral.
O véu Capela é os mais usado hoje em dia. Eles geralmente passam apenas 1 metro do vestido e combinam com todos os tipos de cerimônia. São mais fáceis de prender no penteado porque podem ser leves, principalmente se forem apenas de tule. Esse é o famoso “véu longo”. O véu normal, clássico, sem mais nem menos.
A sustentação no penteado pode ser feito por inúmeros tipos de grinaldas e eles podem ser presos no topo da cabeça ou em um penteado baixo.
Leia também: Grinalda, o acessório que acompanha o véu.
Véus curtos
Os véus curtos são os menos usados aqui no Brasil. Nossas tradições de casamento valorizam os véus compridos. Os véus curtos são frequentemente vistos em fantasias de casamentos de festa junina e por isso eles acabaram sendo percebidos como adereços de fantasias e não como uma peça nobre do look da noiva.
Os véus curtos tem seu papel hoje em dia como uma sobreposição ao véu longo, e fica lindo. Faz parte da tradição judaica as noivas judias entrarem com o rosto descoberto, mas antes de entrarem na chupá o noivo deve cobrir o rosto da noiva com um véu. O véu curto em sobreposição ao longo é o mais usado.
Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda
Os tipos mais comuns são:
Véu Valsa: Ele acompanha o tamanho da saia do vestido, sem cauda.
Véu Ballet: Fica entre os joelhos e panturrilhas,
Véu Ponta de Dedo: Possui um tamanho intermediário. Ele acaba na altura da ponta dos dedos da noiva com o braço esticado. Têm cerca de 90 cm de comprimento e combina com a maioria dos vestidos.
Véu Cotovelo: Têm cerca de 65 cm de comprimento. Eles funcionam bem como sobreposição porque tem um caimento adequado e termina antes que a saia volumosa do vestido comece.
Véu Ombro: tem cerca de 50 cm de comprimento. O caimento deste véu não combina com uma cerimônia formal. Esse tamanho é muito usado para “brincar” de noiva, em chá de panela, brindes de pista, portanto não é aconselhável usar no seu casamento.
Voilettes: É um acessórios que não passa do queixo. É indicado para as noivas que não querem usar o véu, mas gostariam de algo simbólico que representasse e esse ícone do casamento. Eles lembram os fascinators usados nos cabelos nos eventos da realeza britânica e nas corridas de cavalo. Se o seu vestido tiver detalhes de gola alta, essa é uma boa idéia. Eles combinam com vestidos modernos.
Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: O Novo Dia Fotografia: Ricardo Maruk
É a composição equilibrada entre o vestido e o véu que vai fazer a mágica acontecer.
Os véus são feitos de tules lisos ou em tules de poás o famoso point d’esprit. Os véus lisos podem ter detalhes bordados para dar um toque, como pérolas, ou os cristais que dão um brilho mas não agregam muita informação.
Fotografia: Flavia Vitoria Photo Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda
As bordas dos véus podem ser lisas ou trabalhadas. Geralmente são bordadas com pedaços da mesma renda do vestido, ou com outros desenhos para fazer uma composição. Também é muito comum bordas em tecidos para fazer uma moldura ao longo do véu.
Vestido: Lucas Anderi Fotografia: Gouveia Photo Art Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Fotografia: Marco Costa Photo Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda
Os véus de tule ganham volume conforme as camadas. Uma só camada de tule, faz um look clean, onde o véu é um detalhe suave. Já os com duas ou três camadas ganham volume e estrutura, possibilitando um look imponente como as mantilhas, mas com a leveza e transparência características do tule.
Fotografia: Anna Quast e Ricky Arruda Vestido: Pronovias Fotografia: Gouveia Photo Art Fotografia: Gouveia Photo Art
Os véus podem adotar um caimento discreto, acompanhando apenas as costas do vestido, ou podem ser aplicados de forma que emoldurem o rosto das noivas, como as mantilhas.
Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Vestido: Ralph & Russo Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda Vestido: Luciana Collet Fotografia: Lucas Lima Vestido: Luciana Collet Vestido: Fernando Peixoto Atelier Fotografia: Marcos Araujo Fotografia: Gouveia Photo Art Fotografia: Anna Quast e Ricky Arruda
Se você prefere os que aparecem de frente e cobrem parte dos ombros, você precisará de camadas para dar volume e estrutura a este véu, e escolher um penteado que favoreça esse tipo de caimento.
Dica boa: para noivas que querem o véu ou mantilha emoldurando o rosto e passando pelos ombros, na entrada da cerimônia segure o buquê de modo que um pedacinho do véu ou mantilha fique presa na sua mão, assim ficará seguro no ponto certo.
As mantilhas tradicionais são inteiras de renda. Mas hoje em dia a maior parte das mantilhas são uma composição de tule com rendas aplicadas, principalmente nas bordas, para que a beleza do acabamento da mantilha se mantenha, mas não pese no equilíbrio com o vestido.
Para usar uma mantilha tradicional, toda de renda, será importante escolher um vestido com menos informação.
Fotografia: Anna Quast e Ricky Arruda Fotografia: Flavia Vitoria Photo Fotografia: Celso Junior
Os véus e as mantilhas são fixadas nos cabelos por mini argolinhas de tecido, por onde passam os grampos, ou por pentes. E podem ser presos sobre ou sob os penteados, com o acabamento da grinalda.
O véu e a grinalda devem ser decididos em conjunto com sua estilista e o profissional que vai fazer a sua beleza. A grinalda é um acessório de estrema importância para a aplicação do véu, portanto não escolha sua grinalda sem saber as necessidades e preferências do seu cabeleireiro.
Posso não usar véu?
Claro que sim. Você pode usar apenas uma grinalda e fazer um belo penteado. Outra opção que tem sido muito usada nos últimos tempos é a capa. Elas são presas pelos ombros e o efeito fica lindo. A vantagem é ser mais seguro no corpo que o véu preso no cabelo.
Fotografia: Flavia Vitoria Photo Fotografia: O Novo Dia Fotografia: Anna Quast e Rick Arruda
Veja como escolher o véu perfeito neste CaseMe TV com a estilista Maria Mendes
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